Praia das Maçãs (centro)

Terá sido a 30 de agosto de 1906, que este fontanário foi erguido. Pelo menos essa é a informação que consta numa placa colocada no topo, acompanhado ainda de "C.M.C.", referente ao antigo topónimo Câmara Municipal de Cintra. Vamos encontrar este fontanário bem no centro da vila da Praia das Maçãs e em bom estado de conservação. Vale a pena perceber o porquê de "Praia das Maçãs", isto é, a ribeira de Colares, que aqui termina, atravessava hortas e pomares, transportando para a praia, de quando em quando, maçãs entre outros frutos.

Localização: Praia das Maçãs; Colares; Sintra

Google Maps: https://www.google.com/maps/dir//38.8268834,-9.4693321

Jardim Libânio Vaz Serra

Este fontanário de grande porte é um dos mais importantes da vila de Cernache do Bonjardim. Apesar da sua antiguidade e imponência, não é monumento classificado, nem o espaço envolvente está nas melhores condições. Numa das suas paredes é visível uma placa com a seguinte descrição "C. M. da Certã. 1892", que talvez remeta para a data da sua edificação. Nas proximidades deste fontanário é possível encontrar um grande tanque, que fazia parte de um antigo lavadouro. Nota de destaque para a pessoa que é homenageada por este jardim, nomeadamente Libânio Vaz Serra, cidadão natural de Matos do Pampilhal (Cernache do Bonjardim, Sertã) e que fez fortuna na antiga Guiné espanhola, actualmente Guiné Equatorial. A Companhia de Viação Sernache foi uma das empresas fundadas por si, que mais notoriedade teve.

Localização: Cernache do Bonjardim; União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais; Sertã

Google Maps: https://www.google.com/maps/dir//39.8148694,-8.1834071

Convento dos Capuchos

A pergunta que se deve colocar a este fontanário é apenas uma: quanta água já correu por esta bica? Muita, é a resposta possível. Este fontanário encontra-se próximo da antiga horta do Convento dos Capuchos e terá, provavelmente sido parte de algum mecanismo de aproveitamento de águas e irrigação. Este convento franciscano seguia ideias muito próprias de despojamento arquitetónico e decorativo. Era fundamental manter uma noção de autenticidade e rusticidade, de incorporação dos elementos naturais e vegetativos. O fontanário apenas dá corpo a essa filosofia.

Localização: Convento dos Capuchos; Colares; Sintra

Valongo

Como se parecem os fontanários modernos? Em tudo iguais aos seus antepassados. Uns mais simples, outros mais altos, outros mais escondidos. Este fontanário de 2005, conforme placa nele fixado, pode ser encontrado no Valongo (Palhais, Sertã), bem próximo de uma antiga escola primária. Aconchegam-no pinheiros altos, ervas soltas, e outras tantas histórias. Já não terá sido utilizado por quaisquer alunos, dado o encerramento da escola há muito mais tempo, mais foi usado por mim, 15 anos depois da sua construção.

Localização: Valongo; União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais; Sertã

Palhais

É mais fácil encontrar fontanários ao abandono do que a funcionar. E os que têm bom aspecto, raras vezes têm água a correr das suas bicas. São um espelho da degradação a que o espaço público muitas vezes chega, sendo esta apenas uma das faces desse problema maior. Este fontanário pode ser encontrado à beira da estrada, entre Palhais e Cernache do Bonjardim e serviu a população de Palhais, nomeadamente o do seu núcleo central (cuja povoação é a Tira). Não era, inicialmente um fontanário de bica, mas de mergulho.

Localização: Palhais; União de Freguesias de Cernache do Bonjardim, Nesperal e Palhais; Sertã

Palácio dos Marqueses de Fronteira

Este bem cuidado fontanário de cantaria rústica, com tanque encimado por carranca, pode ser encontrado junto à entrada do Palácio dos Marqueses de Fronteira, no pátio do recebimento. Apesar de não funcionar, é possível identificar a bica da saída de água, o tanque e uma segunda bica que sai deste último corpo. O Palácio dos Marqueses de Fronteira foi construído entre 1665 e 1675, no entanto sofreu várias modificações após o terramoto de 1755, de entre as quais se salienta o facto de ter passado a habitação permanente. Apesar dos seus jardins apresentarem todo o tipo de fontes, estas são as minhas preferidas.

Localização: Palácio dos Marqueses de Fronteira; São Domingos de Benfica; Lisboa

Largo do ministro

Nem sempre os fontanários sobrevivem ao tempo. Este, apesar de estar próximo da junta de freguesia de Santa Clara, está em claro declínio. Pouco mais faltará para que seja apagado do dito largo e da história da Ameixoeira. Este fontanário data de 1906 e a sua edificação foi motivada pelas gentes ricas que vivam em torno do actual Largo do Ministro, e pelos seus animais. Também em frente a este fontanário está o antigo Palácio do Ministro, hoje Academia de Música de Santa Cecília. Apesar de aqui ter vivido José Maria Caldeira do Casal Ribeiro (1º Conde do Casal Ribeiro), que foi ministro em vários governos durante o século XIX, o largo do ministro já assim era designado. A história deste fontanário é, também a história do abastecimento público a Lisboa, que apenas chega ao Lumiar e Campo Grande em 1886, e à Ameixoeira em 1896.

Localização: Ameixoeira; Santa Clara; Lisboa